quarta-feira, 21 de maio de 2008

Castelo dos Mouros

A verdade histórica sobre a edificação do Castelo dos Mouros perdeu-se nos séculos, admitindo alguns historiadores que possa ter acontecido por volta do séc. VIII, durante o período da ocupação visigótica.
A partir das primeiras provas documentais apontam para uma outra ocupação – a muçulmana – que permaneceu na península por bastantes séculos, utilizando esta fortaleza em seu proveito.
Em 1093, D. Afonso VI, Rei de Leão, tomou Sintra e o seu castelo aos muçulmanos, mas por pouco tempo. Dois anos mais tarde, Sintra voltou ao domínio dos árabes.
Será contudo em 1147, após a conquista de Lisboa por D. Afonso Henriques, que o castelo de Sintra passa em definitivo para a posse de um povo cristão.

À medida que a reconquista cristã ia avançando no terreno, para o sul, esta fortaleza ia perdendo importância estratégica, até ao seu abandono total.
O terramoto de 1755 foi o grande causador da elevada degradação deste monumento, e só em 1839, durante o reinado de D. Maria II, o seu marido D. Fernando mandou executar as necessárias obras de restauro.
Esta fortificação foi construída sobre um pico rochoso da serra de Sintra, de onde se podem desfrutar os longínquos horizontes e a bela paisagem da região.

O castelo é composto por 450 metros de perímetro, construídos por um conjunto de muralhas e 5 torres, dos quais se destaca a mais elevada – a torre real – à qual se acede por uma escadaria com 500 degraus. Consta que o escritor do séc. XVI Bernardim Ribeiro terá vivido nesta torre vários anos.

No interior do monumento, próximo do portão de armas, situam-se as ruínas da antiga capela, de estilo românico, dedicada a S. Pedro de Penaferrim. Foi D. Afonso Henriques que em 1154 mandou construir esta capela para a entregar como prémio aos trinta “povoadores” do castelo que tiveram a seu cargo a guarda da fortaleza.

Por último, próxima da Igreja de S. Pedro de Canaferrim situa-se uma cisterna abobadada, de dimensões e singularidade arquitectónica da época da ocupação muçulmana.

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