quarta-feira, 21 de maio de 2008

Palácio de Monserrate

A história de Monserrate remonta à época em que Portugal se encontrava sob o domínio dos Mouros. Um cavaleiro moçárabe, que vivia na colina onde se situa actualmente o palácio, entrou em conflito com o alcaide do Castelo dos Mouros e, num duelo entre ambos, acabou por morrer. Terá sido sepultado na colina, e posteriormente venerado como um mártir. O nome de Monserrate aparece em 1540, quando o religioso Frei Gaspar trouxe para Sintra uma imagem de Nossa Senhora de Monserrate, depois de uma peregrinação ao ermitério Beneditino de Monserrat, na Catalunha.

Em 1718, a família Mello e Castro compra a propriedade e Monserrate é incorporada no morgadio de D. Caetano de Mello e Castro, Vice-Rei da Índia.
Entre 1790 e 1794, Gerard DeVisme, rico comerciante inglês, arrenda a propriedade e manda construir uma vivenda acastelada de estilo neogótico. Este pouco tempo residiu em Monserrate, acabando por subarrendar a propriedade e todas as suas benfeitorias ao escritor William Beckford, considerado o mais rico inglês do seu tempo. Usou uma pequena parte da sua fortuna, para efectuar algumas obras no palácio e suas dependências e para criar um jardim paisagístico. Em 1799, deixa definitivamente o nosso país e Monserrate é totalmente votada ao abandono.
Em 1809, o poeta Lord Byron classifica o local como “o primeiro e o mais lindo lugar deste reino”, apesar do seu patente declínio.
Em 1855, a família Melo e Castro vendeu Monserrate a um outro inglês, o comerciante Francis Cook, que revitaliza de novo a propriedade, com obras no palácio e a construção de um exótico jardim.

O Palácio foi embelezado na fachada exterior, com colunas de mármore, janelas com múltiplos relevos e cúpulas pertencentes aos estilos gótico e mourisco. O recorte dos arcos, os quatro pequenos minaretes, que fazem parte do corpo central são do estilo hindu. No tecto dos corredores, uma impressionante sucessão de lâminas em pedra rendilhada.
No interior, a exuberância decorativa dos estuques e capitéis caracterizam o carácter orientalizante do palácio, nomeadamente na Galeria e na Sala de Música. Existe um rendilhado em pedra nas portas e janelas, no biombo recortado com fina renda e na escada com corrimão.

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